Crocs perde a patente de sandália em batalha judicial

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A fabricante americana de calçados Crocs perdeu uma disputa judicial pela patente do seu produto mais famoso, o tamanco de tipo clog. A empresa acusava sua maior concorrente, a USA Dawgs, e outras fabricantes de terem copiado o famoso design emborrachado do tamanco, e exigia reparações financeiras. A Agência de Patentes e Marcas Registradas dos EUA, entretanto, rejeitou a acusação, afirmando que um pedido de registro do mesmo modelo já tinha sido publicado mais de um ano antes de a Crocs solicitar a patente.

A batalha nos tribunais durou cinco anos e pode significar para a Crocs a perda de uma fatia considerável do mercado de calçados. Apesar de serem consideradas “feias” por muita gente, as sandálias de plástico do tipo ‘clog’ venderam milhões de unidades em todo o mundo, e conquistaram uma legião de fãs por serem considerados muito confortáveis – entre eles, alguns atores famosos de Hollywood e até famosos chefes de cozinha.

De acordo com o site de notícias Footwear News, especializado na cobertura do setor de sapatos, a decisão de rejeitar a patente da Crocs foi da advogada de moda de Nova York Elizabeth Kurpis, que integra a Agência de Patentes e Marcas Registradas. Segundo ela, a empresa tem 30 dias a partir do dia 11 de agosto para apresentar recursos contra a decisão. Se isso não acontecer, perderá para sempre o direito de requerer a propriedade intelectual do design do tamanco clog.

Imbróglios judiciais entre a Crocs e a USA Dawgs ocorrem desde 2006 nos tribunais americanos.  Em agosto do ano passado, por exemplo, a Dawgs apresentou uma queixa de 110 páginas em que acusava 18 funcionários e diretores da Crocs de violar as leis antitruste dos Estados Unidos, a fim de ajudar a empresa a obter uma vantagem desproporcional no mercado.

O tamanco da Crocs foi lançado em 2002 por três entusiastas de esportes náuticos, que desenvolveram um material leve, à prova d’água e antiderrapante. A empresa está sediada na cidade de Niwot, no estado do Colorado, nos Estados Unidos.

Fonte O Estado de S.Paulo
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