Compras via smartphone representam 35% do total no e-commerce

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As compras efetuadas via smartphones corresponderam a mais de 1/3 do total de pedidos do comércio eletrônico no Brasil em 2018, aponta a Ebit/Nielsen.

No ano passado, em média, 35% dos pedidos (40,3 milhões) e 31,3% do faturamento do setor (R$16,7 bilhões) foram provenientes do m-commerce, como é chamada a venda online realizada via dispositivos móveis.

Os dados constam no relatório Webshoppers 39, apresentado ao mercado na segunda-feira, 25/03. O m-commerce é um dos principais responsáveis pelo crescimento nominal de 12% registrado pelo comércio eletrônico no ano passado. O setor faturou R$ 53,2 bilhões, com 123 milhões de pedidos, 11% a mais do que no ano anterior.

O tíquete médio de compras via dispositivos móveis foi de R$ 434, ligeira alta de 1%, conforme o balanço divulgado em fevereiro pela Ebit. Para 2019, a expectativa é de expansão de 15%, com vendas totais de R$ 61,2 bilhões. Os pedidos devem ser 12% maiores, 137 milhões, e o tíquete médio em torno de R$ 447, aumento de 3%.

“O m-commerce vem se mostrando a grande via de democratização do e-commerce. Em 2018, registramos 10 milhões de consumidores que fizeram uma compra online pela primeira vez, incluídos digitalmente a partir da expansão do mercado de smartphones e do acesso à banda larga”, afirma Ana Szasz, gestora da Ebit/Nielsen.

As categorias responsáveis pela expressiva alta de pedidos no m-commerce são Perfumaria, Cosméticos e Saúde (com 51% de crescimento), Informática (27%), Alimentos e Bebidas (23%), além de Moda e Acessórios (+6%), Esporte e Lazer (+10%) e Casa e Decoração (+16%).

A democratização do e-commerce também pode ser notada pelo avanço para além do Centro-Sul, em especial no Norte (+22%) e, principalmente, no Nordeste (27%). O faturamento foi de R$7 bilhões em 2018, na soma dos estados nordestinos, o que representa 13,2% do total geral.

“Ainda é pouco na comparação com o Sudeste, que concentra quase 60% das compras, mas houve um salto expressivo de 2,3 pontos percentuais em relação a 2017. O Nordeste tem uma demanda reprimida e, por consequência, muito espaço para crescer, especialmente para empresas de logística e operação, já que é a região do Brasil que registra a menor taxa de produtos entregues dentro do prazo (81%), abaixo da média nacional, que é de 86%”, explica Ana.

Faturamento

A categoria que obteve maior faturamento em 2018 foi a de Eletrodomésticos, com 19,6% de importância no mercado, seguida de perto por Telefonia e Celulares, com 18,2% (contra 21,2% em 2017). Completam o top 5 Casa e Decoração, Informática e Eletrônicos.

Número de pedidos

Perfumaria, Cosméticos e Saúde liderou o ranking das categorias mais compradas, com 16,4% de participação em pedidos (4,4 pontos percentuais a mais de pedidos em relação à 2017), seguida de Moda e Acessórios, com 13,6%.

Frete grátis

A porcentagem de lojas que utilizaram frete grátis como estratégia apresentou leve variação durante o ano de 2018. Ao analisar os dez maiores players do mercado, esse aumento acontece em dois momentos: no segundo e no quarto trimestre do ano devido à greve dos caminhoneiros e período de Natal (que inclui Black Friday), respectivamente.

Compras internacionais

As compras realizadas por brasileiros em e-commerces internacionais totalizaram US$ 2,1 bilhões em 2018, queda de 22,2%. Considerando a alta acumulada do dólar no ano, convertendo para o valor médio em reais, a queda foi um pouco menor, 10,9%.

O número de pedidos caiu 6%, de 73,8 milhões para 69,4 milhões, e o tíquete médio baixou 17,2%, de US$ 36,79 para US$ 30,48. Entretanto, o número de consumidores que efetuaram pelo menos uma compra internacional cresceu 3%, comparando com o ano anterior, para 23,1 milhões.

De acordo com Ana Szasz, o cenário de queda está ligado ao preço do dólar e o consequente aumento de preços. Em 2017, a cotação média do dólar no Brasil foi de R$ 3,19, já em 2018 saltou para R$ 3,65 (média), uma alta de 14,4%. “Vale pontuar também que, em agosto do ano passado, os Correios passaram a taxar os consumidores por compras internacionais com um valor fixo de R$ 15”, afirma.

Fonte Diário do Comércio
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