A estratégia do CEO do Instagram para tomar decisões de forma mais rápida

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O CEO e cofundador do Instagram Kevin Systrom é um fã de teorias acadêmicas sobre negócios e inovações. Em particular, ele aprecia o clássico O Dilema da Inovação, de Clayton Christensen, que discorre sobre as tensões que perpassam uma empresa ao ter que escolher entre continuar atendendo bem seu público cativo ou abrir o foco e tentar “servir” a um público muito maior. Para Systrom, contudo, a ideia de que o Instagram poderia ser muito maior do que é hoje foi “algo libertador”. Deu à empresa a chance e confiança de continuar mudando dia após dia, conta o executivo em entrevista ao jornalista Farhad Manjoo, do New York Times.

“O que mais gosto de perguntar para minha equipe é: quão grande você acha que o Instagram vai ser um dia?”, diz Systrom. “Alguns citam números – números grandes que geralmente preveem o dobro do tamanho que somos hoje. Então eu posso dizer que a maioria das pessoas que utilizará o Instagram amanhã não usa a rede atualmente”.

Para acompanhar esse crescimento e estar alinhada com o que as pessoas vão desejar visualizar e postar no futuro, a empresa tem promovido mudanças internas. Nos últimos três meses, por exemplo, Kevin Systrom decidiu que haveria reuniões com sua equipe em que toda a pauta seria uma só: colocar na mesa tudo aquilo que não foi resolvido. A cada reunião, é preciso amarrar as pontas e eliminar excessos, questões mal pensadas, projetos ineficientes. Tudo colocado à mesa precisa ser decidido naquele momento.

“Nós temos um documento onde listamos todas as decisões sobre produtos: é como se tudo estivesse empilhado em frente a uma máquina de tritutar papeis, esperando para ser picotado. Então, nós sentamos, analisamos e decidimos. Só trabalhamos com decisões nesta reunião”, disse.

“Esta maneira de trabalho a partir das escolhas economiza tempo e a empresa não fica parada esperando mais e mais informação. É um modo rápido de trabalho,que dá autonomia às pessoas. É algo como: decida agora, pense depois”, diz análise da revista Inc sobre a “tática” de Systrom.

Outros dilemas enfrentados para a empresa para continuar crescendo envolvem gargalos técnicos. Atualmente, mais de 80% dos 700 milhões de usuários da rede são de fora dos Estados Unidos. Ter um serviço bom principalmente na Ásia e América do Sul, onde há mais pessoas com celulares Android de baixa capacidade operacional ou com banda larga mais fraca, envolve esforços grandes.

Um time de engenheiros da rede está focado em transformar o aplicativo do Instagram para Android de modo que ele funcione melhor fora dos EUA. Desde que a rede colocou no ar o Stories – ferramenta de imagem e vídeo inspirada no Snapchat – passou a demorar cerca de um mês para adicionar alguma melhoria no aplicativo em mercados internacionais.

Fonte Época Negócios
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