VAREJO É SETOR MAIS AFETADO POR FRAUDES

De acordo com a edição 2015 do Global Fraud Report, da Kroll, líder mundial em soluções de risco, 79% das empresas do setor de varejo foram vítimas de algum tipo de fraude em 2014. Os resultados mostram que o tipo mais comum de fraude nesse setor foi o roubo de ativos físicos, do qual 46% das empresas do varejo foram vítimas. Esta é a mais alta incidência de qualquer setor e representa mais do que o dobro da média geral, de 22%. Em seguida, vem os casos de fraudes ligadas a fornecedores e às áreas de abastecimento ou compras (27%) e o roubo de informações (12%).

Os números são parte de uma pesquisa mundial que a Kroll pediu à Economist Intelligence Unit sobre a fraude e seus efeitos nos negócios. Um total de 768 executivos de nível sênior participou da pesquisa, de diversas indústrias, incluindo Serviços Financeiros, Serviços Profissionais, Varejo e Atacado, Tecnologia, Mídia e Telecomunicações, Saúde e Farmacêuticos, Viagens, Lazer e Transportes, Bens de Consumo, Construção, Engenharia e Infraestrutura, Recursos Naturais e Manufatura.

O Report aponta também que quatro em cada cinco empresas do setor de varejo que responderam à pesquisa disseram que sua exposição à fraude aumentou, tendo a alta rotatividade de pessoal (33%) e a entrada em mercados novos e de risco (16%) como os principais fatores. Destas empresas, onde a fraude ocorreu e seu autor foi identificado, mais da metade (53%) foram vítimas de infrações cometidas por funcionários de nível hierárquico mais baixo.

Snežana Gebauer, diretora do escritório da Kroll em São Paulo, diz: “Um dos resultados mais reveladores do relatório é o quanto as empresas estão se sentindo vulneráveis às fraudes. De um jeito ou de outro, o fantasma da fraude surge em todas as relações de negócios. O que o relatório da Kroll põe em evidência é que, com frequência, a fraude é um “trabalho interno” e que as empresas devem buscar tanto nas relações internas e externas se elas são mais eficientes para a proteção do seu dinheiro, de sua propriedade e de seus dados”, diz a executiva.

Apesar dos problemas causados pela alta rotatividade, apenas 34% das empresas de varejo, atacado e distribuição estão buscando investir na avaliação de antecedentes este ano – um pouco menos do que a média da pesquisa.

“Enquanto a tecnologia possibilitou novas maneiras de se cometer uma fraude, nosso trabalho diário com os clientes confirma o que o relatório também revela – o roubo, o suborno e a propina ainda são efetivas e generalizadas. Com a natureza humana sendo o que é, a fraude sempre estará ao nosso lado, quer ela ocorra no escritório da empresa ou em algum lugar no mundo da cadeia de suprimentos. No entanto, existem diversas estratégias, recursos e melhores práticas disponíveis para as empresas que podem ajudá-las a proteger a si próprias e seus investimentos”, conclui a Snežana.

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