O Walmart confirmou na quarta-feira (9) a compra de parte majoritária da gigante indiana de e-commerce Flipkart por US$ 16 bilhões. No final de abril, fontes próximas ao assunto já confirmavam a negociação e estimavam que a varejista pagaria “pelo menos” US$ 12 bilhões pelo e-commerce.
A compra garante à rede uma participação de 77% na plataforma – o restante continua sendo dividido entre investidores: a Tencent, Tiger Global e Microsoft. A fatia adquirida pela varejista antes pertencia ao banco japonês SoftBank.
Em comunicado, o Walmart afirma que o objetivo a longo prazo é de dar apoio à transição do Flipkart para uma subsidiária lista na bolsa de valores e que a expectativa é de que o mercado de e-commerce da Índia cresça em um ritmo quatro vezes maior que a média da indústria varejista.
“A Índia é um dos países mais atrativos do mundo para o varejo, dado seu tamanho e ritmo de crescimento, e nosso investimento é uma oportunidade de nos tornarmos parceiros da companhia que lidera a transformação do e-commerce nesse mercado”, disse o presidente e CEO do Walmart, Doug McMillon, também no comunicado.
Essa é a principal e mais recente aposta da varejista contra a Amazon, de quem a própria Flipkart é concorrente, e marca a tentativa de aumentar sua presença em mercados internacionais. A Índia é um mercado chave na disputa pelo mercado de e-commerce: em 2016, a Amazon anunciou investimentos de US$ 3 bilhões na Índia e, antes do Walmart, também tentou comprar o Flipkart.