Aplicativo promete facilitar os negócios do varejo

Garantir mais eficiência nos negócios para os varejistas, marcas e vendedores é o objetivo do aplicativo Luckro, criado para conectar todas as pontas da cadeia, permitindo, assim, escolher melhor, comprar/negociar melhor e manter o nível de serviço do fornecedor. A plataforma foi lançada para desktop e smartphone. A meta é fechar 2016 com 50 mil usuários e 2017, com 150 mil. Nesta primeira etapa, o foco está em dois setores varejistas: Supermercados e Bares, Hotéis e Restaurantes. Periodicamente, serão incluídos novos setores, num total de 13. O investimento previsto, até abril de 2016, será de R$ 2 milhões.

A plataforma foi criada pelo empresário argentino Jorge Alexander Kowalski, com apoio de sócios conselheiros e investidores e baseado em sua experiência de 20 anos atuando em empresas como Danone, Philip Morris, Coca-Cola e Heineken, entre outras. “Podemos ajudar o varejo e as empresas a serem mais eficientes – a vender melhor com menores custos. Este é o conceito de uma startup digital: ajudar a resolver problemas economizando, principalmente, tempo e dinheiro”, garante Kowalski.

Os usuários da Luckro são divididos em três grupos: varejistas de qualquer tamanho e função, vendedores, exclusivos da marca ou não; e marcas, com suas equipes de trade marketing, marketing e comercial.

Será possível fazer, no total, sete tipos de posts – dependendo do tipo de usuário: ‘Falta’, ‘Alerta’, ‘Promocional’, ‘Execução’, ‘Pesquisa’, ‘Institucional’ e ‘Post Comum’.

Hoje, o varejista perde horas todos os dias procurando a melhor proposta de preço. Em segundos, seu post na Luckro vai para todos os fornecedores que o seguem. Quem quiser, e for mais rápido, atende a demanda e ganha um novo cliente. Já as empresas poderão fazer promoções, que terão o botão ‘Eu quero’. Clicando nele, o contato entre o comprador e o vendedor é iniciado.

Também será possível executar promoções no ponto de venda, e não será mais necessário que o funcionário da marca vá ao local para garantir que o acordo foi cumprido. Ao acionar o botão ‘Eu fiz’, a câmera do telefone é ligada e também em segundos o vendedor recebe uma foto provando a execução.

Demanda

No mundo, em média, 8% dos varejos sofrem por ruptura. Isso representa mais de US$ 6 bilhões em vendas perdidas. No Brasil, o percentual chega a 15%. Com a Luckro, o varejista vai poder alertar essa falta para todo o mercado, além de poder receber, neste momento de alta volatilidade de preços, várias propostas para um mesmo produto, escolhendo a melhor opção.

Quanto custa

A Luckro não é uma plataforma de e-commerce. Ela ganhará por publicidade e inteligência de mercado. No plano de negócios, o varejista nunca vai pagar nada. O acesso é ilimitado para marcas e vendedores, exceto para fazer posts especiais, publicitários ou de ofertas, e para escutar o mercado, no caso das pesquisas. Para tal, o valor mensal é de R$ 1 por varejo. Vale lembrar que mandar um vendedor para uma visita de 15 minutos em um único ponto de venda custa R$ 25.

Equipe forte

À frente da empresa está Jorge Alexander Kowalski, com 20 anos de experiência em todos os lados do balcão. Ele já atuou em empresas como Femsa Coca-Cola, Heineken, Pernod Ricard, Vulcabrás, Philip Morris e Esso. A criação de um conselho ajudou a formatar o projeto e a tirá-lo do papel. O conselho é formado por Leonardo da Rocha e André Paganuchi, sócios da PerformaIT, com mais de 15 anos desenvolvendo e comercializando tecnologia (Microsoft, SAP e Oracle); Isabel Moisés, mais de 20 anos de experiência nas áreas comerciais, de consultoria e RH em empresas como Heineken e Philip Morris; Pierre de Greef, ex-diretor da Apple que lançou o iTunes no Brasil, 15 anos em empresas de tecnologia e comunicações (Apple e Orange); Rino Ferrari Filho, proprietário da Rino Publicidade; Simon Schvartzman, 30 aos de Itautec; e Alina Correa, mais de 20 anos como executiva no Santander e BMI.

Como surgiu

O primeiro insight foi em julho de 2014, quando Jorge Kowalski começou a reavaliar a distribuição de tênis e sapatos e viu que os problemas eram os mesmos que já tinha encontrado anteriormente: uma rede de representantes comerciais com muitas distrações e um nível de profissionalismo irregular. Então, pensou em uma ferramenta de comunicação direta que fosse capaz de unir os membros de uma comunidade e iniciar transações comerciais. Com base em produtos que já existiam – redes sociais corporativas -, decidiu adicionar funcionalidades que permitissem acelerar os processos de integração e comunicação. Mas a decisão de criar a Luckro foi tomada na Praia de Copacabana. Numa tarde de verão, já não havia coco para vender. O dono da barraca tinha tentado, sem sucesso, contato com fornecedores. O empresário perguntou se ele usaria um aplicativo por meio do qual ele pudesse dizer que estava faltando coco e recebesse ofertas de fornecedores. Na hora, ele queria saber como fazia o download.

aplicativoappLukrovarejo.
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