O que parecia ser uma mera ação trabalhista na Justiça de Goiás está se revelando a ponta do iceberg de um escândalo de consequências imprevisíveis para a TIM Brasil.
A Procuradoria-Geral da República determinou a abertura de um inquérito civil público (portaria nº 111/ 2014) para investigar graves denúncias contra a operadora.
A empresa é acusada de ativar linhas-fantasmas em nome de seus clientes com o deliberado objetivo de inflar artificialmente a base de clientes, gerar receitas fictícias e, com isso, elevar seu valor de mercado.
A suposta manobra permitiria o aumento dos bônus pagos aos executivos e dos dividendos distribuídos entre os acionistas, a começar por sua própria controladora, a Telecom Italia.
As irregularidades teriam se intensificado durante os três anos em que Luca Luciani comandou a TIM Brasil – período no qual, coincidência ou não, o número de assinantes da companhia passou de 36 milhões para mais de 67 milhões.