Hypermarcas: Sem novas aquisições à vista

A companhia farmacêutica e de bens de consumo Hypermarcas vai se concentrar em ganhos de rentabilidade, após a venda de sua divisão de cosméticos para a francesa Coty, e não tem o objetivo de fazer novas aquisições no curto prazo, afirmou nesta terça-feira o presidente-executivo da companhia, Claudio Bergamo.

Na segunda-feira a empresa anunciou a venda do negócios de cosméticos, que inclui as marcas Monange, Risqué, Bozzano e Cenoura & Bronze, por 3,8 bilhões de reais, para abater dívida e se concentrar no setor de fármacos.

“A companhia agora passa a ser uma com caixa líquido. A primeira coisa vai ser continuar a investindo nos negócios remanescentes. No curto prazo nosso objetivo é usar os recursos (da venda da divisão de cosméticos) para redução do endividamento. Não está em perspectiva no curto prazo nenhum tipo de aquisição”, afirmou o executivo em teleconferência com analistas.

Mais adiante a empresa poderá considerar recomprar ações ou distribuir dividendos aos acionistas, disse Bergamo.

As ações da Hypermarcas disparavam mais de 18 por cento nesta terça-feira, apesar de ter apresentado um resultado do terceiro trimestre ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado, com lucro líquido de 75,4 milhões de reais e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 278 milhões de reais. Analistas, em média, esperavam lucro de 100 milhões e Ebitda de 290 milhões de reais para o terceiro trimestre.

Segundo analistas do BTG Pactual, o acordo da Hypermarcas com a Coty permitirá que a empresa limpe seu balanço financeiro, uma vez que a dívida elevada é uma das principais razões que a têm impedido de entregar geração de caixa mais forte. No terceiro trimestre, a Hypermarcas tinha endividamento líquido de 3,86 bilhões de reais.

Claudio Bergamocotyhypermarcas
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