Atitudes que atrapalham a comunicação entre funcionários e gestores

Se por um lado a liderança de uma empresa pode ser fundamental para o seu sucesso, por outro, ela pode ser a causa de um grande turnover de funcionários. É o que revela uma pesquisa recente da Vagas Tecnologia, que aponta que 36% dos mais de 10 mil  funcionários entrevistados no Brasil estão dispostos a pedir demissão por causa de seus chefes.

Ainda dentro deste universo, 60% consideram seus líderes bipolares, autoritários, enroladores ou inseguros. Veja que atitudes evitar para não se enquadrar nestas avaliações e não ser odiado por seus subordinados:

Achar que “manda quem pode, obedece quem tem juízo”

É o caso daquele chefe que não ouve os funcionários e acha que ele é o único que tem poder de decisão sobre absolutamente tudo. “A geração Y não tolera este tipo de chefia, ela foi educada de maneira diferente, ela quer participar. Isso não funciona mais”, diz Marcia Luz, autora do best seller sobre liderança “Agora é pra valer”.

Ser um chefe “teflon”

Na descrição do consultor de carreiras da GDT Brasil Edson Carli, “o chefe teflon é aquele em que nada gruda”. É aquele que não resolve nada, apenas delega. “Se ele toma bronca, joga a responsabilidade para os subordinados; se recebe alguma reclamação deles, diz que o problema só pode ser resolvido por seus superiores”.

Não se sentir parte da equipe

Na teoria, o líder deve ser aquele que protege a sua equipe e os interesses da empresa, mas na prática isso nem sempre acontece porque muitos chefes não se sentem realmente parte do grupo. “Quando recebe uma reclamação de alguém, em vez de procurar resolver, ele também reclama, desmotiva a equipe. E quando a empresa é criticada, ele acha que a culpa é dos outros funcionários”, diz Carli.

Não oferecer ou não saber deixar o feedback claro

É importante que os trabalhadores saibam quais foram seus erros e acertos dentro de um processo para poderem melhorar o seu desempenho. Porém, o feedback precisa ser claro. “O colaborador precisa saber que isso é para ajudar. O ideal é descrever claramente a situação sobre a qual se quer falar, especificar a atitude que a pessoa teve naquele momento e qual foi a consequência daquele ato”, explica o sócio da Enora Leaders João Marcelo Furlan. Segundo ele, se o feedback não for objetivo, pode ser considerado injusto, um prato cheio para odiar o chefe.

Expor os erros dos funcionários

Erros acontecem e o líder tem o papel de minimizá-los dentro da companhia e cuidar para que não aconteçam novamente. Para isso, ele precisa orientar sua equipe, tratando cada erro individualmente, segundo Carli. “Tem chefe que pega o erro de alguém e joga na reunião, para todo mundo, citando nomes”.

Centralizar o poder

Um líder que não delega autoridade a seus funcionários, que centraliza o poder, pode estar no caminho certo para despertar a raiva de seus subordinados. “É um sinal de que ele não confia na equipe e não a prepara para assumir responsabilidades”, explica Marcia Luz.

Dar muitos conselhos

“O verdadeiro líder faz perguntas para que o seu colaborador encontre respostas e não dá conselhos e determina o que deve ser feito o tempo todo”, diz Marcia.

Tomar as vitórias para si mesmo

Um chefe que não valoriza as pessoas dentro das conquistas tem grandes chances de ser odiado. “Não pega bem para a equipe e nem mesmo para os superiores. Cada vez mais é reconhecido o líder desenvolvedor de pessoas, que valoriza o time e motiva pelas vitórias”, destaca Furlan.

Tratar a todos da mesma forma

“Cada indivíduo quer se sentir único. Se você colocar todo mundo no mesmo cesto, vai fazer com que as pessoas não se sintam especiais”, afirma Furlan. Segundo ele a forma de lidar deve ser diferente para cada característica do colaborador. “Quando a pessoa está começando, ela tem alta motivação e pouco conhecimento. Nesta fase, é preciso direcioná-la. Já quando é alguém mais experiente, é preciso permitir que ele se desenvolva da sua própria forma”, exemplifica Furlan.

Ser íntimo demais

“Quando uma pessoa assume uma posição de liderança, tem de ter consciência de há coisas que são permitidas e outras não. Por exemplo fazer piadas: o que é divertido para uma pessoa, pode não ser para outra”, diz Carli.

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