Maior fabricante de iogurtes do mundo, a Danone não está acostumada a ficar para trás. Depois de lançar no Brasil, em 2004, o Activia, produto que revolucionou o mercado no País, a multinacional francesa perdeu o bonde na corrida pelo iogurte grego: só conseguiu lançar o seu em março deste ano – oito meses depois de concorrentes como a Vigor e a Nestlé terem estreado essa categoria no mercado nacional. Agora, os franceses vão para o contra-ataque.
Chega nesta segunda-feira, 23, às prateleiras dos supermercados um produto novo, que exigiu um investimento de R$ 120 milhões – o maior já realizado pela Danone no Brasil em quatro décadas e também o mais expressivo feito pela multinacional, neste ano, no mundo.
A tecnologia necessária para a produção desse iogurte não estava disponível no Brasil, diz o argentino Mariano Lozano, presidente da área de lácteos da Danone no País, que deve faturar R$ 2 bilhões este ano. Tivemos de trazer equipamentos de fora e adaptar nossa planta. A receita requer três vezes mais leite que um iogurte tradicional da Danone.
Embora não tenha nenhum apelo de grego, a origem da nova marca, batizada de Danio, está, de certa forma, ligada a essa categoria de iogurtes, caracterizada por ter uma consistência mais firme e um sabor mais acentuado. Aqui, os gregos respondem por aproximadamente 4% da venda de iogurtes.
Nos EUA, eles devem representar mais da metade das vendas já no ano que vem. Lá, quem começou a produção de gregos, em 2007, foi a novata Chobani – empresa criada por um empresário turco que era fornecedor da Danone.