Setor supermercadista demostra mais otimismo com futuro, mas ainda aguarda maior retomada econômica

O setor supermercadista começa a dar sinais de recuperação com a melhora da economia no Brasil, embora saiba que há ainda longo caminho pela frente. Os índices medidos mensalmente pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) têm mostrado números em ascensão e isso reflete diretamente no otimismo dos empresários. A Pesquisa de Confiança dos Supermercados do estado de São Paulo (PCS/APAS) apontou que, em janeiro deste ano, 40% dos supermercadistas demonstraram otimismo de uma maneira geral com o ambiente econômico atual e futuro. Este número sobe para 49% quando se trata somente das perspectivas positivas para o futuro.

O número de 40% demonstra um salto significativo, já que, em novembro de 2017, o otimismo geral era de apenas 23,9%. No primeiro mês de 2018, os empresários que mostraram neutralidade com a situação geral permaneceram em 23,8% e o pessimismo caiu de 53% para 35% (novembro a janeiro).

“Os motivos para a forte elevação na confiança dos empresários estão em dois pilares: a relativa estabilização do ambiente político, considerando os desdobramentos de ações anticorrupção da Polícia Federal e o encaminhamento das propostas do Governo, como Reforma da Previdência, cadastro positivo e privatização da Eletrobrás. O outro pilar é o econômico, por meio da redução do desemprego, que permanece em tendência de queda e com a massa salarial subindo. Paralelo a isso, a menor taxa de juros da história também gera um efeito de otimismo no setor, ainda que demore a ser percebida na economia real”, explicou o economista da APAS, Thiago Berka.

Um ponto da pesquisa que comprova os efeitos das variáveis econômicas no aumento da confiança são os dados de vendas no supermercado. Em janeiro, 82% dos empresários demostram otimismo para o futuro, enquanto o pessimismo caiu de 33% para 18%. “Esses números são muito importantes para demonstrar que, aos poucos, os efeitos da atividade econômica começam a se disseminar para maior número de empresários, já que se percebia um certo ceticismo em confiar que a retomada do PIB seria consistente”, comentou Berka.

O grau de satisfação com o Governo Federal no momento é maior que o Estadual (25% contra 17%), porém o pessimismo com o futuro é mais alto com o Federal (42% contra 25%). Isso demonstra que as últimas notícias em âmbito federal trouxeram uma percepção melhor, mas há reticências grandes para a manutenção do ritmo reformista.

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