O volume de empresas com contas em atraso segue crescendo no país, mas em patamares mais moderados que nos últimos anos. De acordo com o indicador de inadimplência de pessoa jurídica calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), no último mês de junho frente igual período de 2016, houve uma alta de 4,05% na quantidade de empresas negativadas. Trata-se do segundo menor crescimento desde janeiro de 2011, início da série histórica. Na comparação mensal entre junho e maio, sem ajuste sazonal, a variação foi de 0,42%, após uma leve queda de -0,16% no mês anterior.
Entre as regiões analisadas, o Norte foi a que apresentou a maior variação no número de empresas com o CNPJ registrado nas listas de negativados: um avanço anual de 5,41%.No Nordeste, a inadimplência cresceu 4,44% e no Sudeste, 4,11%. As regiões Centro-Oeste e Sul apresentaram variações menores do número de devedores: 3,83% e 2,10%, respectivamente.
Dívidas crescem 1,78% em junho; entre setores credores, comércio ganha destaque
Além do aumento no número de empresas inadimplentes, houve também um crescimento na variação da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas: +1,78% a mais em junho frente a igual mês de 2016. Já na passagem de maio de 2017 para o último mês de junho, sem ajuste sazonal, a alta foi de 0,36% no volume de dívidas.
O número de empresas devedoras por ramo da economia mostra que setor de agricultura teve a maior entre o CNPJs negativados: 14,25% em junho na comparação com igual mês do ano passado. Em seguida, destaca-se o segmento de Serviços (6,73%), seguido pela Indústria (3,19%) e pelo Comércio (2,84%).
Já análise por setor crédito – ou seja, para quem as empresas estão devendo – revela que foram as pendências de empresas devidas ao Comércio aquelas que mais cresceram no período, com alta de 6,66%. Em seguida, destaca-se a alta das dívidas ligadas à Indústria (6,59%) e Serviços (0,31%), que englobam bancos e financeiras. As dívidas com o setor de agricultura foram as únicas a cair no período, com queda de -22,01% no período.