Alimentação fora de lar está cada vez mais cara

Apesar do baixo crescimento registrado no país no ano passado, o estudo Consumer Insight, realizado pela Kantar Worldpanel, mostra que a renda familiar no ano de 2013 registrou um aumento de 7%, passando de R$ 2.603 em 2012 para R$ 2.779. Mas mesmo assim, o endividamento ainda é alto no Brasil onde 51% das famílias gastam mais do que ganham.

Apesar disso o brasileiro não deixou de fazer as compras do mês. De acordo com o estudo, o autosserviço voltou a apresentar um bom desempenho, assim como os atacadistas que já contribuem na mesma proporção que o varejo tradicional. Isso aconteceu pelo fato de que em 2013 todas as classes ajudaram a impulsionar o consumo, inclusive a classe D/E que ao voltar a crescer aumentou 12% o número de itens comprados por viagem.

Segundo o levantamento, apesar de ter diminuído a ida ao ponto de venda a classe A/B, que representa 26% da população brasileira, teve uma representatividade de 17% no gasto médio, em valor, sobre suas compras e +5% em itens adquiridos a cada ida. Já a classe C registrou aumento de 8% em volume, 19% em valor e – 2 idas  ao supermercado, mas também adquiriu +5% em itens por ocasião.

As regiões Norte, Nordeste, Grande RJ e Estado de SP voltaram a crescer significativamente com maior número de itens, sem perder a frequência de compra. No geral, os lares passaram a diminuir cerca de duas vezes a visita ao ponto de venda no primeiro trimestre deste ano, porém o valor médio consumido por ocasião teve aumento de 11,9%.

E comer fora de casa?

Comer fora de casa está cada vez mais caro e com isso os brasileiros estão buscando alternativas. No ano de 2012 cerca de 82,2% da população priorizava a alimentação fora de casa, número reduzido para 79,7% no ano de 2013. Apesar do aumento em 14% com gastos em alimentação fora do lar, 1,2 milhões de pessoas deixaram de fazer essas refeições, o que demonstra o crescimento no custo deste item. Lanche, café da manhã e almoço foram as categorias mais impactadas.

Com esse cenário, a solução para os brasileiros foi voltar para casa e priorizar seus gastos que atualmente são com: alimentação dentro do lar, habitação e transporte. O impacto dessa volta das famílias a se alimentar dentro dos lares é sentido na cesta de produtos de consumo rápido. Após o primeiro trimestre de 2013 praticamente estável, o consumo dessas categorias voltou a crescer e chegou ao patamar que se encontrava em 2011.

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