Açúcar e óleo que podem ficar mais caros nos próximos meses

Dados da FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgados na sexta-feira (dia 28) mostram que a pressão inflacionária está longe do fim. Nos próximos meses, itens essenciais para o consumidor, como açúcar e óleo de soja, podem ficar ainda mais caros, assim como bens duráveis (geladeira, fogão e até carros).

De acordo com André Braz, coordenador dos índices de preços da fundação, essa é a avaliação que é possível fazer a partir do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) de maio que, influenciado pela disparada nos preços das commodities, deu um salto de 4,1%, acima das expectativas de analistas.

Como esse índice acaba medindo não só a inflação das famílias, mas também dos produtos de agronegócios e da indústria em geral, muitas vezes acaba antecipando o que vai acontecer com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é a variação de preços levada em conta pelo Banco Central na hora de decidir juros.

Afinal, a inflação do atacado acaba batendo na inflação do varejo após algumas semanas. “O IGP-M veio mais forte porque há uma nova pressão de commodities”, explica o especialista. “Dessa vez, o que chamou a atenção foi o minério de ferro, que só no mês de maio subiu mais de 20%. Vimos alta da cana de açúcar, da soja, que são preços que sobem rapidamente no varejo”.

De acordo com ele, esse salto nos preços das commodities deve pressionar ainda mais a inflação ao consumidor. “O açúcar deve subir ao consumidor, o óleo de soja também. E o minério de ferro contamina bens duráveis, então geladeira, fogão, carro, máquina de lavar, todos esses bens duráveis, que já estão subindo, podem ficar mais caros a partir dessa pressão do minério”.

 

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