Sindiatacadista/DF completa 20 anos em momento desafiador

O Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista/DF) está completando 20 anos, em um momento desafiador, tanto para as empresas quanto para as pessoas. “A pandemia mudou nosso estilo de vida, a nossa rotina e as nossas relações interpessoais. Como entidade, o principal desafio foi em como se fazer presente, levando esclarecimentos e informações. Estamos trabalhando fortemente na aprovação da prorrogação dos regimes especiais (PLP 05/2021), que tramita na Câmara dos Deputados. Sem eles, não há setor atacadista no Distrito Federal”, diz Lysipo Gomide, presidente do Sindiatacadista/DF.

O Sindiatacadista/DF representa todo o comércio atacadista de Brasília, entre os quais estão: gêneros alimentícios, autosserviço, autopeças, material de construção, drogas e medicamentos. Ao todo, são, aproximadamente, 400 empresas representadas pela entidade sindical sem fins lucrativos. Atualmente, a sua base é composta de 187 empresas associadas.

Além de coordenar, proteger, apoiar, integrar e representar legalmente o segmento de atacado e distribuição em todo o Distrito Federal, exerce um papel relevante no crescimento da representatividade de seus associados e parceiros. É filiado à Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD) e à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal.

“A entidade é o elo entre o setor atacadista, governo, varejistas e a sociedade em geral, além de defender os interesses e anseios de seus associados, agregar forças na criação de melhorias e promover a integração da classe atacadista”, comenta Gomide.

Confira a entrevista exclusiva concedida por Gomide ao portal NEWTRADE:

 

Como a entidade vê o atual momento do atacado distribuidor?

O momento é de transformação. Os hábitos de consumo mudaram e o nosso setor precisa se adaptar e aproveitar as oportunidades que surgirão. Vemos com otimismo a retomada da economia e do consumo. A indústria dificilmente conseguirá atender no tempo certo a demanda do pequeno varejista. Esse é o nosso foco: agilidade e capilaridade.

Quais são as perspectivas para o setor em 2021? E os desafios?

 

As perspectivas são muito positivas no curto e médio prazo devido à volta do consumo. Em 2021, tornamo-nos o maior arrecadador de ICMS para o governo local. Isso reflete que o setor está trabalhando muito e que é o principal canal de abastecimento do varejo brasiliense. Nosso desafio é oferecer um mix de produtos adequado a cada estabelecimento varejista para que esse se fortaleça e atenda o consumidor em suas necessidades.

O desafio imediato principal é a alta forte e consistente da inflação não acompanhada pela renda da população. Este descasamento está causando queda no poder de compra da população, que por sua vez, troca de produtos ou marcas, troca de canais de compra e por fim, deixa de comprar.

Como o sindicato está vivenciado a experiência dos eventos online?


Tivemos que nos adequar a esse momento pandêmico. De início, foi desafiador, pois o contato físico é importante e aproxima as pessoas. Mas, os associados entenderam, até porque precisam se resguardar, e passaram a nos apoiar, transformando-se em um público cativo. Os eventos online são a forma de disseminar os assuntos de interesse e relevância para o setor e identificamos que o conteúdo tem que ser muito relevante, a divulgação forte e os eventos precisam respeitar um intervalo, para que a audiência permaneça alta.

Os eventos online são uma tendência que veio para ficar?

Sim, a praticidade e alcance são as suas principais virtudes. Conseguimos atender pessoas interessadas em diversos cantos do país. Acredito que, no momento imediatamente pós-Covid, as pessoas quererão voltar a eventos presenciais (um ano e meio de confinamento é exaustivo), mas haverá uma evolução para um formato ‘híbrido’, com transmissões simultâneas. O exemplo disso é a 40° Convenção ABAD, que ocorrerá em agosto.

A entidade acredita ser importante o investimento em novas tecnologias?


Certamente, tanto às voltadas para o desenvolvimento do setor quanto para a atuação própria. Prova disso foi o evento virtual “Trilhando Futuro”, onde nas duas primeiras edições debatemos tendências. Também estão previstos novos eventos com temas voltados a tecnologias e formatos de negócios. Na entidade, nossos canais de comunicação são atualizados com constância e o associado tem acesso fácil e prático para conosco.

Nessa pandemia, com o uso da tecnologia foi possível continuar próximo do associado?


Os eventos online e uma comunicação interna, via Whastapp, informes eletrônicos e redes sociais foi a forma dos associados perceberem a nossa presença e atuação. A tecnologia permitiu fomentar o setor e levar assuntos relevantes.

Só não podemos deixar que a tecnologia nos distancie. Ela propicia um maior alcance, rompendo os limites geográficos. Entretanto, a interação precisa “ter um calor humano”, permitindo que o público seja participativo em nossas transmissões.

Dessa forma, acredito que estamos mais próximos hoje do que logo antes da pandemia. Além disso, vamos continuar nos aprimorando e trabalhando para ficarmos mais próximos ainda.

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