Uma simples escolha de palavra pode afetar sua confiança

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“Você é o que você come”, reza o manjado dito popular. Mais preciso, porém, seria “você é o que você fala”. Um estudo da Universidade de Houston e do Carroll School of Management, publicado no The Journal of Consumer Research, detecta que uma simples escolha de palavras pode afetar, para melhor, nosso desempenho e nosso cotidiano.

Em experimento que avaliou 120 universitários, dando ênfase a hábitos alimentares saudáveis, os autores constataram que, ao se negar a fazer alguma coisa, como checar o Facebook ou aceitar um biscoito, aqueles que respondiam “não quero” se mostravam muito mais seguros e confiantes do que aqueles que diziam “não posso”.

Ao final, os autores ofereciam como brinde uma barra de chocolate ou de granola (mais saudável) aos participantes: 64% dos que disseram “não quero” optaram pela granola (ante 39% dos “não posso”), demonstrando ter absorvido melhor as informações prévias.

Há três explicações: dizer “não quero” nos persuade psicologicamente a seguir nossas expectativas autênticas, nos faz sentir controle sobre nossas escolhas (nos dando maior sensação de poder) e, ao reforçar a capacidade de escolha própria, consolida a personalidade no longo prazo. Normalmente, porém, usamos alternadamente as duas expressões sem nos dar conta do peso de cada uma delas.

Para os autores da pesquisa, portanto, na próxima vez que tiver de dizer “não” a um mau hábito não pense apenas no que dizer, mas sim como dizer. Não por acaso, há uma frase do escritor Mark Twain na abertura do estudo: “Sempre que chegamos a uma palavra certa, o efeito resultante é tanto físico quanto espiritual, e eletricamente instantâneo”.

Fonte Época Negócios
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