As 7 tecnologias disruptivas que já são realidade (e como elas vão mudar o mundo)

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Carros voadores e robôs desempenhando funções domésticas ainda não fazem parte de nossa realidade, mas essas não são mais ideias tão distantes assim. As inovações tecnológicas experimentaram grandes saltos nos últimos anos, e incorporamos aparelhos novos em nossa rotina sem muitas vezes nos darmos conta. Afinal, é comum esquecermos que há apenas 10 anos os iPhones ainda engatinhavam, e que nos anos seguintes iniciariam uma revolução tecnológica que agora torna difícil imaginar a vida sem um smartphone. Não por acaso, as companhias mais valiosas do mundo agora são da área da tecnologia, como Google, Apple, Microsoft, Amazon e Facebook.

Estamos em meio a um novo boom de efervescência tecnológica, e muitas dessas novidades vão se consolidar como os próximos grandes assuntos para os próximos anos. Para oferecer um panorama sobre o cenário atual e o que esperar para o futuro, a Embratel reuniu as 7 grandes tendências que já são realidade e que podem mudar o mundo:

Inteligência Artificial

Softwares e robôs virtuais podem ser equipados com uma inteligência artificial para desempenhar funções semelhantes às que nós desempenhamos todos os dias. Caixas de som inteligentes são um bom exemplo de como esse modelo pode funcionar. Elas se conectam a objetos como geladeiras, máquina de lavar, TV, e tudo mais dentro de uma casa, para que os moradores enviem comandos de voz e operem esses objetos sem apertar nenhum botão.

O grande segredo para essa tecnologia funcionar está no desenvolvimento de assistentes virtuais, e eles são realidade. A consultoria britânica Strategy Analytics projetou que no ano passado seriam vendidas 24 milhões dessas unidades em todo o mundo. A liderança, por enquanto, está com a Amazon e seu assistente virtual Alexa, seguida pelo Google.

O mercado corporativo também deve conseguir explorar esse novo nicho. A expectativa é que os investimentos da tecnologia no Brasil multipliquem por cinco nos próximos três anos. Uma aplicação inicial que já podemos ver da inteligência artificial para empresas são os chatbots – robôs virtuais que conversam com os clientes para orientar sobre produtos, serviços e tirar dúvidas comuns. Segundo estudo publicado pela Mobile Time em dezembro do ano passado, apenas no Brasil já existem cerca de 8 mil bots, trafegando 500 milhões de mensagens por mês.

Internet das Coisas

A Internet das Coisas e a inteligência artificial caminham lado a lado – em muitos casos, de forma conjunta. Essa é a tecnologia que conecta todas as coisas à internet: carros, geladeiras, TVs, roupas, relógios. Tudo pode ter uma aplicação – o que, em larga escala, possibilita o surgimento de cidades inteligentes. Estima-se que até 2020 os gastos globais com Internet das Coisas alcançarão a soma de US$ 1,29 trilhão, de acordo com dados da IDC.

Diferentes setores da economia estão começando a testar as suas primeiras iniciativas nesse campo. Mas o grande destaque dos últimos meses veio de um exemplo no varejo: a nova loja da Amazon em Seattle recebeu enorme atenção da imprensa mundial e é apenas uma pequena mostra do que a tecnologia pode fazer para esse setor.

A empresa inaugurou neste ano a Amazon Go, uma loja sem funcionários e sem filas, onde um conjunto de câmeras, sensores e códigos QR entende o que os clientes retiram ou colocam de volta das prateleiras, fazendo a cobrança diretamente no cartão de crédito e de forma automática.

Analytics

Uma das grandes questões do mundo moderno diz respeito ao excesso de informação e como tratar esses dados para fazer uma leitura precisa e útil. Dados da consultoria IDC estimam que o universo digital cresce a uma taxa de 40% ao ano, atingindo 44 bilhões de gigabytes até 2020 – como referência, esse número é 10 vezes maior que o registado em 2013.

A análise dos dados permite às empresas cortar custos, melhorar a confiabilidade de seus sistemas e reforçar a qualidade de produtos e serviços. Os quadros de diretores estão acompanhando de perto as análises baseadas em dados para a tomada de decisão estratégia – e quem souber dominar essa área tem uma vantagem competitiva importante sobre a concorrência.

Partes do Reino Unido e dos EUA, por exemplo, estão coletando e cruzando dados históricos em diferentes bancos de dados para prever quais crimes devem ser cometidos e em quais localidades. Algumas cidades já dizem ter conseguido reduzir a incidência de crimes com o apoio dessa tecnologia, uma vez que destacam forças policiais para determinados locais antes mesmo de os crimes acontecerem – algo que pode lembrar muita gente de filmes e contos de ficção científica.

Segurança Cibernética

A tecnologia abre novas possibilidades em todas as áreas. Mas, quanto mais dinheiro circula no ambiente virtual, também maiores são as tentativas de fraudes e ataques cibernéticos. Um dos casos que evidencia essa nova realidade ocorreu no ano passado, quando um código malicioso conhecido como WannaCry provocou um caos em diferentes partes do mundo, incluindo o Brasil. Esse código sequestrou arquivos em milhares de computadores e os criptografou. Para recuperar o acesso aos arquivos em seu estado original, os hackers pediam um resgate financeiro.

O código WannaCry é apenas uma das dezenas de modos que os hackers têm à disposição para atacarem sistemas, seja de pessoas físicas ou de grandes corporações. Alguns anos antes, a Sony também ganhou manchetes no mundo todo por conta de hackers que vazaram filmes que ainda não haviam sido lançados no cinema.

De pequenas a grandes empresas, todas elas podem (e costumam) ter alguma vulnerabilidade online. Por isso, as companhias estão começando a reforçar os recursos para segurança cibernética.

Realidade Virtual e Realidade Aumentada

Um dos mercados mais promissores para os próximos anos é o da realidade virtual e da realidade aumentada. Essa tecnologia permite recriar e modificar um espaço real ou até mesmo criar ambientes virtuais trazendo a sensação de realidade. As aplicações são inúmeras, e gigantes da tecnologia como Facebook, Google e Microsoft estão investindo quantias que chegam aos bilhões de reais nessa nova tendência e lançando as suas primeiras experiências.

Mas não são apenas empresas altamente tecnológicas que estão criando experiências com realidade virtual e realidade aumentada. Um dos exemplos simples para o uso da realidade aumentada no dia a dia vem do varejo. No final do ano passado, a sueca IKEA lançou um app que conquistou forte repercussão nos EUA e na Europa. Com a promessa de facilitar a vida de quem pretende mobiliar a casa, o app usa a câmera de smartphones e tablets para ler o ambiente que será mobiliado e permitir adicionar ao local itens como sofás, mesas e cadeiras. O cliente pode escolher os produtos de um catálogo com 2.000 objetos em escala real – com 98% de precisão –, para ter certeza se aquela compra é realmente a melhor escolha em termos de tamanho e design.

A diferença entre a realidade aumentada e a realidade virtual é que essa última oferece uma experiência imersiva, recriando todo o cenário como se o usuário estivesse realmente vivenciando aquele ambiente, normalmente com o auxílio de equipamentos como óculos especiais. E as aplicações vão muito além dos jogos. Empresas poderão montar ambientes de trabalho remoto, criar protótipos fiéis ao mundo real – que economizam muito mais tempo e dinheiro –, montar ambientes para identificar tendências de consumo, entre tantas outras possibilidades.

Blockchain

Uma das palavras mais comentadas em 2017 foi o bitcoin. A moeda digital ganhou manchetes de praticamente todos os grandes jornais do mundo por conta da expressiva valorização superior a 1.300%. Isso significa que o valor da moeda multiplicou por 14 em um ano – ou seja, alguém com R$ 80 mil em bitcoin se tornaria milionário em alguns meses. A infraestrutura por trás do bitcoin é a tecnologia blockchain, que nada mais é do que um grande banco de dados compartilhado e que utiliza a criptografia para tornar o sistema extremamente seguro.

O blockchain surgiu para atender a uma demanda do sistema financeiro, mas suas aplicações são muito mais amplas. Governo, cadeia de suprimentos, setor de saúde, e tantas outras áreas podem usar e desenvolver a tecnologia com uma ampla gama de finalidades. Artigos internacionais e especialistas colocam o blockchain entre as tecnologias mais disruptivas dos últimos tempos e que poderá transformar o mundo de modo significativo.

Drones

Os céus não são mais monopólio de aviões e helicópteros. Nos EUA, cerca de três milhões de drones estão voando regularmente. No Brasil, imprensa, produtoras de vídeos e o agronegócio estão entre os principais adeptos da tecnologia.

As possibilidades no segmento corporativo são inúmeras – e podem transformar especialmente o varejo e o comércio eletrônico de vez. Basta olhar para a Amazon, que está para lançar seu serviço de entregas por drones com a promessa de entregar as mercadorias em 30 minutos ou menos. Ainda pendente de aprovações regulatórias, se esse modelo realmente funcionar você poderá fazer uma compra ao acordar, tomar um café da manhã e receber a entrega logo em seguida.

 

Fonte InfoMoney
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