Rede de supermercados Tesco é alvo de processo bilionário por pagar menos a mulheres

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Enquanto o Reino Unido obriga as empresas a divulgarem a diferença salarial entre homens e mulheres, a maior empregadora privada do país enfrenta uma enorme ação judicial de trabalhadoras que se sentem tratadas injustamente.

A rede de supermercados Tesco é alvo de queixas que, segundo o escritório de advocacia Leigh Day, poderiam somar quatro bilhões de libras (US$ 5,6 bilhões). O escritório sustenta que as trabalhadoras das áreas abertas ao público das lojas recebem salários injustamente inferiores que os colegas funcionários de armazém do sexo masculino e afirma que mais de 200 mil trabalhadores têm direito a indenização.”Definitivamente não deveria haver discussão de que as trabalhadoras das lojas, em comparação com os trabalhadores dos centros de distribuição, contribuem pelo menos com a mesma parcela dos vastos lucros da Tesco”, disse Paula Lee, advogada da Leigh Day. A Tesco afirma que não recebeu as queixas.

As queixas coincidem com a implementação de novas regras no Reino Unido que exigem que toda empresa que emprega mais de 250 pessoas revele a disparidade salarial entre homens e mulheres até abril. A Tesco está particularmente exposta devido ao seu tamanho e também pela campanha recente para adicionar milhares de trabalhadores às lojas em uma tentativa de suavizar a imagem de empresa intransigente entre os consumidores britânicos.

Os funcionários das lojas da Tesco recebem em torno de 8 libras por hora e os colegas dos centros de distribuição podem chegar a ganhar mais de 11,50 libras, segundo o Leigh Day. O escritório afirma que foi abordado por mais de 1.000 funcionárias e ex-empregadas da Tesco.

Maiores salários

A rede de supermercados informou anteriormente que os homens receberam em média 14% a mais do que as mulheres no período de um ano até abril de 2016. Dos trabalhadores da Tesco com salários mais baixos, 62% são mulheres, mas apenas 41% dos trabalhadores mais bem pagos são mulheres. Um porta-voz da Tesco disse que a empresa “trabalha duro para garantir que todos os nossos colegas sejam pagos de forma justa e igualitária pelas tarefas que realizam”. “Se as funcionárias da Tesco tiverem sucesso na ação, todas as grandes varejistas, e até mesmo empresas em geral, podem ficar expostas a uma onda de litígios por diferenças salariais entre gêneros”, disse Crowley Woodford, advogado trabalhista da Ashurst, por e-mail.

A publicação dos maiores salários da BBC revelou diferenças significativas entre homens e mulheres no topo da organização de notícias e o novo CEO da EasyJet sofreu um corte salarial para igualar o valor ao de sua antecessora.

Fonte Época Negócios
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