Lucro da Unilever sobe no mundo, mas vendas caem no Brasil

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A fabricante de alimentos e bens de consumo Unilever reportou nesta quinta-feira (1º) crescimento de 16,8% no lucro líquido em 2017, para 6,053 bilhões de euros. A receita líquida totalizou 53,715 bilhões de euros, avanço de 2% na comparação anual. Houve crescimento nas vendas de 3,5%, excluindo spreads, com os preços subindo 2,4%.

Na demonstração financeira, a dona de marcas como Dove, Hellmann’s e Ben & Jerry’s informou que as condições globais do mercado permaneceram desafiadoras no ano passado, com os volumes vendidos aumentando menos de 1%. No entanto, foram verificados sinais de melhora nos mercados emergentes.

Paul Polman, diretor-presidente da Unilever, afirmou que o desempenho geral foi bom, com aumentos em volume, margem, lucro e fluxo de caixa. “Isso nos coloca no caminho para alcançar os objetivos estratégicos estabelecidos para 2020”, disse, em nota. No ano passado, a anglo-holandesa dez 11 aquisições, entre elas a Mãe Terra, no Brasil.

Brasil

O desempenho de vendas da anglo-holandesa no mercado brasileiro no ano passado não foi bom. Houve declínio das vendas no país. O comportamento do consumidor de mudar de marcas durante a crise foi o fator que levou ao recuo. No entanto, a fabricante disse que esse hábito está perdendo força à medida em que as condições econômicas melhoram, após o período de recessão.

Segundo comunicado, a área de cuidados pessoais foi afetada no consolidado do ano por uma competição mais intensa, especialmente no Brasil e na Indonésia. No quarto trimestre, a empresa verificou crescimento, incluindo o lançamento de cinco marcas e aquisições.

Já na América Latina, houve um crescimento abaixo da média dos últimos anos, mas o movimento positivo foi puxado por México e Argentina, onde os volumes vendidos aumentaram. “Os preços subiram menos em relação aos últimos anos, pois as moedas e as taxas de inflação se estabilizaram na maioria dos países”.

Na América do Norte, o desempenho também foi fraco em 2017, particularmente nos canais tradicionais de vendas. A região da Ásia observou avanço de 5,9% nas vendas subjacentes, com ganhos de volumes no segundo semestre e bom desempenho para sorvete e produtos para cozinhar. Na China, essa expansão foi suportada pelo comércio eletrônico. A Europa, por sua vez, segue desafiadora, com crescimento moderado e contínua deflação dos preços em vários países.

Fonte O Globo
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