Mercado Livre compra a Kangu

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O Mercado Livre adquiriu a Kangu, companhia brasileira de serviços logísticos com operação no Brasil, Colômbia e México. Assim, o Mercado Livre, que já atuava como parceiro estratégico, ampliou sua participação com a aquisição da totalidade da empresa. Este movimento vai ao encontro da estratégia da plataforma, que investe cada vez mais em sua malha logística para garantir eficiência aos vendedores e entrega mais rápida aos clientes.

Atualmente, mais de 40 mil vendedores usam a rede da Kangu, nos três mercados onde a empresa atua, que somam mais de 5 mil pontos de coleta e entrega, mais da metade deles no Brasil. A empresa, que presta serviço para diversas companhias, dentre elas o Mercado Livre, conecta vendedores de e-commerce à sua rede de lojas de bairro parceiras, como petshops, papelarias dentre outros pequenos comércios. Estas lojas atuam como uma rede altamente capilarizada de pontos de coleta, onde os vendedores podem deixar os seus produtos para envio ao consumidor, ou pontos de entrega, onde compradores podem buscar suas encomendas.

“A Kangu já exerce um papel importante em nosso ecossistema, conectando compradores e vendedores do Mercado Livre em mais de 5 mil pontos. A transação vai trazer ainda mais eficiência e capilaridade à nossa operação, que trabalha diariamente para levar a entrega mais rápida ao consumidor brasileiro”, destaca Renato Pereira, diretor de Novos Negócios do Mercado Livre. “Durante a pandemia, quando o volume de pedidos aumentou, a rede auxiliar fornecida pela Kangu foi muito importante para complementar a eficiência da nossa entrega”, completa Renato.

Redução do tempo de entrega

Atualmente, o Mercado Livre realiza entregas em até um dia para 2,1 mil cidades do Brasil, assim como faz entregas no mesmo dia para dezenas de localidades. “Desenvolvemos soluções internamente, ao mesmo tempo em que buscamos parceiros e oportunidades para democratizar o comércio eletrônico e reduzir ainda mais o tempo das nossas entregas”, afirma Leandro Bassoi, vice-presidente de Logística do Mercado Livre para a América Latina. “Além da sinergia logística, a Kangu aporta ainda mais sustentabilidade à operação, oferecendo alternativas que reduzem o tráfego de veículos e as emissões, assim como amplia nosso impacto social, gerando renda para pequenos lojistas que integram sua rede.”

Em 2020, a receita da Kangu cresceu mais de 100 vezes na comparação com o ano anterior. O modelo de negócio da empresa inclui, além dos serviços de pontos de coleta e entrega, o transporte de produtos com o apoio de parceiros externos e a logística reversa. O investimento tecnológico, sobretudo na gestão inteligente de dados, permitiu à Kangu otimizar as entregas e oferecer serviços complementares.

“A parceria com o Mercado Livre impulsionou o rápido desenvolvimento da nossa operação nos últimos anos, que seguirá crescendo ainda mais para atender nossos atuais e futuros clientes”, ressalta Marcelo Guarnieri, co-CEO e fundador da Kangu. “Somente no Brasil, onde já operamos 2,6 mil pontos e cinco cross dockings próprios, devemos saltar para 3,5 mil pontos e 13 cross dockings da Kangu até dezembro.”

Gestão independente

A gestão da Kangu continuará de forma independente, sob a liderança dos atuais co-CEOs, seguindo sua estratégia para conquistar novos vendedores de e-commerce, que demandam soluções para coleta, entrega e logística reversa. “O crescimento do market share da Kangu é resultado, sobretudo, do impacto positivo que geramos na cadeia. Seguiremos atendendo o Mercado Livre e outras empresas, assim como desenvolvendo novos serviços para o mercado”, enfatiza Ricardo Araújo, co-CEO e fundador da Kangu.

A aquisição da Kangu reforça o ecossistema de negócios do Mercado Livre, em linha com a estratégia da plataforma, que conta com a prestação de serviços de empresas de logística terceiras, reduzindo prazos de entrega e expandindo a capacidade do Mercado Envios, seu braço logístico. No segundo trimestre, esta unidade de negócios enviou mais de 230,5 milhões de itens, aumento de 46,4% em relação ao mesmo período de 2020.

A conclusão da operação aguarda a aprovação das autoridades de defesa da concorrência.

 

Fonte Mercado e Consumo
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