Loggi corre para criar a logística do futuro no Brasil

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Fabien Mendez fundou a startup de logística Loggi depois que a sua primeira empreitada, a GoJames — uma espécie de Uber —, não conseguiu captar dinheiro com investidores e ainda o deixou no cheque especial tanto no Brasil quanto na França, onde nasceu.

Na Loggi, a história quase se repetiu em um estágio mais avançado. “A gente entrou nesse mundo de entregas nacionais e não tinha a mínima noção do que estava fazendo. Nós montamos um business plan [plano de negócios] e a planilha aceitou tudo. Mas a realidade era muito mais complicada”, contou Fabien ao podcast Do Zero ao Topo sobre a experiência vivida em 2016.

A história de como Fabien e o brasileiro Arthur Debert criaram a ambiciosa startup de logística que quer conectar todo o país é tema do episódio de número 70 do podcast Do Zero ao Topo. É possível seguir o programa e escutar a entrevista completa via ApplePodcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox, Amazon Music e outros agregadores de áudio do país.

O plano da Loggi desde a sua fundação, em 2013, é usar tecnologia e capital para construir a rede de logística do futuro. No início, capital não parecia um problema. “Apresentei um powerpoint e em questão de três semanas consegui levantar um seed round e R$ 2,5 milhões”, afirmou Fabien.

Mas após receber mais de R$ 62 milhões de reais em investimentos entre 2013 e 2015, em 2016 a Loggi quase quebrou enquanto queimava caixa para montar sua estrutura por todo o país. Um novo aporte surgiu quando a startup já estava “no último minuto do segundo tempo”, como descreve o próprio Fabien, no começo de 2017.

Em 2018, a companhia recebeu cerca de R$ 400 milhões de um fundo do conglomerado japonês Softbank e em 2019, um novo aporte, de US$ 150 milhões, avaliou a Loggi mais de US$ 1 bilhão — fazendo a startup entrar na rara lista de unicórnios brasileiros.

Hoje, a companhia realiza mais de 300 mil entregas diariamente e tem como objetivo chegar a cinco milhões de entregas por dia nos próximos cinco anos.

Um desafio que deve enfrentar nos próximos anos é a concorrência com quem, até aqui, foi seu maior cliente: os grandes e-commerces.

Neste ano, Mercado Livre, Amazon, Via Varejo (dona das Casas Bahia e Ponto Frio) e B2W (da Americanas.com e Submarino.com) anunciaram investimentos bilionários em logística.

Para Fabien, a saída da Loggi para crescer será cada vez mais oferecer uma solução independente para os varejistas menores que integram o marketplace dessas empresas.

Fonte Infomoney
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