“Pequenas indulgências” poderão marcar recuperação pós-Covid

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Para Eduardo Terra, presidente da SBVC, vários setores poderão se beneficiar de um comportamento marcado por celebrações. O varejo sairá da crise do Covid-19 diferente do que entrou, isso é certo. E a recuperação, em alguns segmentos, poderá ser mais rápida que o previsto, caso o comportamento visto em mercados como o chinês se repita no Brasil. “Segmentos como moda, perfumaria e restaurantes, poderão se beneficiar na retomada”, avalia Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em live realizada na noite de quinta-feira (16/04).

Para ele, “pequenas indulgências” poderão marcar a volta dos consumidores às lojas. “Boa parte do público assumirá um comportamento de ‘se presentear’ pelo tempo que ficou em isolamento. Isso abre boas possibilidades para segmentos que vêm sendo duramente atingidos hoje, como restaurantes e moda”, analisa. “Na China, onde o comércio já voltou a funcionar, temos visto esse comportamento”, comenta.

Isso não significa, na opinião de Terra, que não haverá dificuldades na retomada pós-Covid. “É bom deixar isso claro: não estou dizendo que muita gente vai sair vendendo nos mesmos patamares pré-crise assim que as lojas abrirem, até porque haverá uma grande preocupação dos consumidores com sua saúde. Além disso, o Brasil tem problemas enormes em sua estrutura social e nem todo mundo pode se dar ao luxo de comprar o que quiser”, explica.

O comportamento de “pequenas indulgências” poderá substituir grandes despesas que estão sendo adiadas, como viagens e automóveis. “Com menos segurança sobre o futuro, mas dispostos a celebrar o fim do isolamento, muitos consumidores optarão por categorias que estimulam o contato social”, afirma.

Ao mesmo tempo, outras duas forças contribuirão para formar o cenário do consumo pós-Covid. A primeira delas é um questionamento sério sobre a necessidade de consumir. “O consumidor deverá ser mais consciente em suas escolhas, questionando o comportamento das marcas”, acredita. O segundo aspecto é econômico. “Uma parcela considerável da população será afetada pelas questões econômicas. O aumento do desemprego fará com que muitos consumidores mantenham um padrão de consumo mais frugal”, analisa.

Fonte SBVC
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