Moradores de favelas brasileiras movimentam R$ 119,8 bilhões anuais

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De acordo com dados da pesquisa ‘Economia das Favelas – Renda e Consumo nas Favelas Brasileiras’, os 13,6 milhões de pessoas que vivem em favelas pelo país movimentam R$ 119,8 bilhões anualmente.

O valor é maior do que o gerado por 20 das 27 unidades da federação. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Data Favela em parceria com o Instituto Locomotiva, sob encomendada da Comunidade Door.

O levantamento aponta que 89% dos residentes de favelas estão em capitais e regiões metropolitanas. O único estado da Região Sudeste que possui mais de 10% da população em favelas é o Rio de Janeiro.

As regiões Norte e Nordeste apresentaram o maior porcentual – entre 5% e 10% – de pessoas que moram em favelas. Entre os estados com índices que passam dos 10% estão o Amazonas, Pará, Maranhão e Pernambuco.

Em relação às expectativas desta população para o ano de 2020, 80% estão otimistas com a vida financeira e com a área da saúde, 84% com a vida familiar, 76% com a vida profissional, 72% com a vida amorosa e 71% com a forma física.

Eles assumem uma visão pessimista quando se trata da dimensão pública. Segundo a pesquisa, 43% consideram que o governo brasileiro vai piorar, 39% acham isso da segurança pública e 38% da saúde pública.

O otimismo presente nas perspectivas de futuro dos moradores de favelas pode ser resultado do discurso de ’empreendedor de si’, e de assumirem como unicamente suas a responsabilidade por mudar de vida.

Entre os entrevistados, 64% responderam que dependia de si fazer a vida melhorar, enquanto 13% atribuíam essa responsabilidade a Deus, fé ou à igreja. Outros 10% colocam a família como principal motivador, e apenas 1% o prefeito da cidade.

O estudo ainda traça um perfil típico dos residentes de favelas pelo país: 67% dos moradores são negros, e 49% das casas são chefiadas por mulheres.

Além disso, 87% dos adultos conseguem acessar a internet ao menos uma vez por semana, e mais de 97% dos jovens possuem acesso regular à internet.

Um aspecto importante do perfil dos moradores de favelas é que 31% não possuem conta em banco. Ao todo, 69% possuem, sendo que 67% mantêm contas em bancos tradicionais.

Sobre o consumo, o levantamento revela que apenas 39% dos moradores de favelas compram pela internet. A qualidade, o preço e a marca influenciam na hora da compra para 77%, 74% e 51%, respectivamente.

Fonte Correio Braziliense
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