3 mitos sobre a rivalidade feminina no ambiente de trabalho

0 581

Existem diversos boatos maliciosos sobre a maneira como as mulheres se comportam no ambiente de trabalho e se relacionam entre si. Em um artigo para a Harvard Business Review, o casal de especialistas Andrea S. Kramer e Alton B. Harris, autores do livro It’s Not You, It’s the Workplace: Women’s Conflict At Work and the Bias That Built It (Não é você, é o local de trabalho: o conflito das mulheres no trabalho e o viés que o construiu, em tradução livre) fala sobre o preconceito que cerca as profissionais mulheres no trabalho.

Kramer e Harris afirmam que não existem evidências que sustentam a noção de que as mulheres são mais “mesquinhas”, antagônicas ou não confiáveis ao lidar com outras mulheres do que os homens. Mas segundo eles, a discriminação no local de trabalho influencia no desempenho delas.

Confira três grandes mitos sobre a rivalidade feminina no ambiente de trabalho, de acordo com os especialistas.

Locais de trabalho com gênero

Os “locais de trabalho com gênero” são ambientes geralmente liderados e dominados por homens e regidos de acordo com normas, valores e expectativas masculinos. E é esse tipo de ambiente que pode levar mulheres a relacionamentos antagônicos: preconceito de afinidade e preconceito de gênero.

O preconceito de gênero é a suposição de que os homens são superiores às mulheres na liderança, tarefas de alta pressão e negociações difíceis. “Devido ao viés de gênero, as mulheres são vistas como menos competentes, ambiciosas e competitivas do que os homens.Essas dinâmicas podem promover antagonismos entre as mulheres, o que geralmente é erroneamente atribuído à sua natureza inerente, e não às circunstâncias do local de trabalho”, explicam os autores.

Expectativas no local de trabalho

Mulheres (e homens) mantêm estereótipos de gênero sobre como devem se comportar. Em outras palavras, assumem que outras mulheres serão mais compreensivas, mais estimulantes, mais generosas e mais tolerantes do que os homens. E quando isso não acontece, elas podem reagir de maneiras antagônicas.

Assim, as mulheres executivas ficam presas entre as expectativas de seus locais de trabalho e as de outras mulheres, e são percebidas como frias, egoístas, hostis ou antagônicas – enquanto homens que se comportam exatamente da mesma maneira são percebidos como simplesmente fazendo seus trabalhos.

Mulheres e homens não são diferentes

“Obviamente, algumas mulheres pode ser genuinamente desagradáveis, hostis e contraditórias”, afirmam Kramer e Harris. “Mas não há evidências de que haja uma proporção maior para mulheres do que homens que agem de maneira semelhante.”

Mulheres e homens sentem, se comportam e interagem de maneira diferente no local de trabalho, devido às tarefas que são solicitados a executar, às condições sob as quais são exigidos e às expectativas de como serão executadas.

“Em vez de criar rivalidades femininas, vamos consertar esses ambientes de trabalho para que as mulheres não sejam sistematicamente prejudicadas na busca pelo avanço na carreira”, alertam os autores.

Fonte Época Negócios
Notícias Relacionadas
Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado.