eBay quer tornar o Brasil seu pilar no comércio eletrônico da América Latina

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Com o objetivo de ampliar a atuação na América do Sul, a plataforma de marketplace norte-americana eBay pretende transformar o Brasil em líder na venda de produtos de beleza e peças automotivas dentro do comércio digital. Para fazer o plano sair do papel, porém, a empresa terá que superar desafios logísticos.

“O Brasil é uma prioridade do eBay na região, em termos tanto de vendedores como consumidores. No entanto, quando olhamos para o pilar de exportação nos negócios do eBay, percebemos que o Brasil não reflete esse potencial e estamos trabalhando para trazer o País para o topo da região no comércio cross-border”, afirmou o gerente sênior de desenvolvimento de negócios e exportações do eBay para a América Latina, Xavier Aguirre. De acordo com ele, os produtos com maior potencial de venda externa para as nações vizinhas e de outros continentes são equipamentos de áudio para carro e cosméticos. “Isso significa que ainda há espaço disponível para produtos brasileiros se posicionarem mundo afora”, disse, destacando que vendedores da plataforma passaram a listar seus produtos também em nações como França, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Austrália e Itália.

Segundo o último levantamento realizado pela empresa de pesquisa de mercado Ebit, o setor do comércio eletrônico brasileiro registrou um crescimento de 12% em 2018 – chegando a um faturamento total de R$ 53,2 bilhões. Para esse ano, a projeção é que esse mercado registre incremento em volume de vendas na ordem de 15%. Ainda de acordo com o estudo, o comércio eletrônico entre o Brasil e outras nações cresceu 3% no ano passado sobre 2017 – chegando a 23,1 milhões de usuários.

Nesse sentido, o executivo do eBay conta que houve um aumento no número de pequenos e médios negócios que lançam mão do marketplace para ganhar visibilidade no território nacional e também no exterior. “Estamos vendo mais vendedores B2C do que antigamente. No passado, a maior parte dos vendedores era constituída por pessoas comuns. Agora, surgem pequenos e médios negócios usando o eBay como um canal adicional para exportar seus produtos e nos integrando às suas estratégias omnichannel”, argumentou Aguirre.

Com isso, o executivo lembra os desafios logísticos do Brasil e como superá-los no médio a longo prazo, tendo em vista que muitos sellers brasileiros buscam equilibrar ao máximo fatores como custo e tempo de entrega. “Correios locais podem oferecer preços competitivos em detrimento de uma entrega rápida e um rastreio mais apurado. Transportadoras particulares, por outro lado, podem ser caras”, complementou ele, destacando que o eBay tem estabelecido “parcerias estratégicas” mais econômicas para os usuários da plataforma. Em linha com o raciocínio do executivo, o sócio-diretor da consultoria empresarial GS&Consult, Alexandre Machado, afirma que o êxito das plataformas de marketplace se refletiu em negócios virtuais entre empresas, mais conhecido como modelo B2B. No entanto, ele pondera que os custos de frete podem ser o grande entrave para o desenvolvimento desse segmento.

“O que percebemos é que não apenas o custo deve entrar na equação, mas também o prazo para a entrega do produto, considerando o perfil de um consumidor exigente quanto a isso”, disse, lembrando que itens de maior valor agregado, como por exemplo eletrônicos, tem potencial.

Fonte DCI
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