Walmart registra criptomoeda para atender clientes desbancarizados

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O Walmart entrou com um pedido de patente para criar uma moeda digital que tornaria as transações mais baratas e mais rápidas, além de servir potencialmente como uma alternativa ao sistema bancário para clientes desbancarizados. “Clientes sem contas bancárias tradicionais podem utilizar um microbanco em uma instituição como um varejista, que ganha juros enquanto seu dinheiro está lá”, disse a varejista no pedido de patente.

A jornada do Walmart em direção ao lançamento de sua criptomoeda pode diferir da Libra recém-anunciada pelo Facebook, em que o varejista poderia escolher desenvolver a moeda por si só.

O Walmart já usa a tecnologia do blockchain para rastrear produtos ao longo de toda sua cadeia de suprimentos. E já apoiou iniciativas de pagamento móvel antes. Vários varejistas começaram a aceitar o Apple Pay e o Walmart desenvolveu sua própria alternativa de cartão de crédito.

A rede está buscando aumentar seu lucro cortando as taxas de transação que paga para as operadoras de cartão Visa e Mastercard, nas compras em que os consumidores usam cartões de crédito ou débito.

Mas a gigante do varejo também está tentando acompanhar os concorrentes, como Amazon e Target, que oferecem serviços de entrega. O Walmart começou a testar seu serviço de delivery ilimitado no ano passado em mercados selecionados, como Houston e Miami.

Entre os benefícios da criptomoeda, o Walmart procura usar a inteligência artificial para “[ajudar] o cliente a comprar uma quantia de acordo com seu orçamento, valores, afinidades e preferências”, segundo a patente.

No entanto, a varejista parece estar longe de lançar a moeda. “Não temos planos para esta patente neste momento”, disse Kory Lundberg, porta-voz do Walmart.

Esta não seria a primeira entrada do Walmart no mercado bancário. A cadeia se inscreveu para operar um banco industrial em Utah em 2005, mas os reguladores a rejeitaram em 2007. A rede oferece serviços bancários no Canadá e no México.

O Facebook, que atraiu críticas sobre Libra, pode servir como um sinal de alerta para potenciais obstáculos. Os legisladores expressaram preocupação com sua facilidade de acesso – potencialmente para os lavadores de dinheiro – e questionaram como regulamentar essa moeda.

O Facebook tem 27 parceiros de lançamento ligados ao desenvolvimento da Libra, alguns dos quais, como a Visa, se distanciaram do projeto.

Fonte Mercado & Consumo
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