Como o Rappi se tornou um superaplicativo

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Toda vez que Fernando Vilela, diretor de crescimento do Rappi, descreve o que a empresa faz a palavra “superaplicativo” aparece. Segundo o executivo, a ideia da startup é ser um grande assistente para seus usuários, oferecendo tudo o que for preciso para aumentar a comodidade e economizar o tempo das pessoas. “Começamos a perceber que os usuários faziam ao entregador todos os tipos de pedidos, desde ficar na fila do restaurante até acompanhar exame de endoscopia. Percebemos, então, que havia uma grande oportunidade em ser um superapp, seguindo uma tendência já em voga em outros países, principalmente na China”, afirmou Vilela.

O executivo conta que a decisão de se apresentar dessa maneira surgiu naturalmente. “Os usuários já comentavam: ‘a Rappi salva minha vida, tem de tudo’. Não tivemos uma grande reunião para estabelecer um plano, mudar a chavinha e começar a nos definir como um superapp.”

Para ele, essa foi mais uma etapa da evolução da companhia, que hoje também oferece soluções financeiras a partir do RappiPay. O serviço surgiu, explica Vilela, a partir da observação de que os usuários tinham problemas recorrentes com transferências, gestão de cartão de crédito e pagamento. “Por que não colocar tudo dentro de um app só? Por que não ser também uma fintech?”, perguntaram-se os executivos da startup.

Atuar em tantas frentes diferentes é um grande desafio para a empresa. O segredo, segundo o diretor, é se comunicar de maneira clara com o usuário. “No fim do dia, o cliente é o mesmo e é nele que temos de pensar. Não podemos cair no erro de nos comunicarmos de diferentes formas com uma mesma pessoa.”

Inovação na América Latina

Vilela é otimista ao falar do crescimento das startups na América Latina. Para ele, o mundo tech finalmente vem aumentando o apetite pela região, o que está gerando uma série de novas oportunidades.

“Antigamente, havia um grande preconceito por conta da instabilidade da América Latina. Mas essa instabilidade foi justamente o motor para tanta criatividade. Isso fez com que houvesse uma explosão de mini-inovações.”

O executivo aponta que a injeção de capital estrangeiro realizada nos últimos anos na região significou uma grande mudança de paradigma. “Todas aquelas inovações, que antes eram limitadas, começaram a ter acesso a capital. Isso fez com que o ecossistema crescesse, retroalimentando-se”.

Fonte Época Negócios
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