Conheça as startups que estão transformando o varejo

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O nome pode não ser muito conhecido, mas com certeza você já deparou com alguma tecnologia numa grande loja que foi desenvolvida por algumas dessas empresas. São as retail techs, startups que utilizam tecnologia para criar soluções para estabelecimentos do comércio.

Elas são parte fundamental do Varejo 4.0, conceito da nova era do varejo, marcada pela convergência entre o varejo tradicional e o digital. A ideia é unir os pontos fortes da loja física com as novidades virtuais que acompanham (e fomentam) as tendências de consumo.

Operam no país 293 retail techs –num universo de mais de 11 mil startups nacionais. Elas foram mapeadas no estudo Liga Insights Retail, realizado pela Liga Ventures, aceleradora corporativa especializada em gerar negócios entre startups e grandes empresas

O levantamento dividiu as retail techs em 13 categorias de atuação. Dessas startups, 14,4% desenvolvem sistema de gestão de lojas e estoque; 13,7% são fintechs com foco no varejo; 12,4% são voltadas a marketing e CRM e 12% têm soluções de fidelização, recomendação e cashback. Há ainda outras categorias, como logística, IoT, Big Data, Analytics e Inteligência Artificial.

De acordo com Raphael Augusto, head do Liga Insights, a junção entre o On e o Off traz uma série de benefícios, não somente para o consumidor final, mas também para os executivos e empreendedores do varejo.

O ganho se dá principalmente em maior eficiência em gestão, modernização de processos, melhora na experiência do consumidor e mais inteligência para tomada de decisão.

“Essas startups e tecnologias vêm evoluindo e percorrendo uma meta importante: a adaptabilidade e flexibilidade das suas soluções nos diversos cenários no Brasi”, afirma Augusto.

Geolocalização

A In Loco é uma startup que oferece uma plataforma baseada em localização e tecnologia indoor, que funciona como um GPS, mas com mais precisão e voltado para lugares fechados.

A empresa capta dados e métricas do mundo físico, de acordo com a localização do smartphone do consumidor, que permanece anônimo. Dessa forma, saber onde o consumidor circula é tão valioso como descobrir quais sites, fluxo de navegação e páginas que ele acessa no mundo online.

Com base na tecnologia, a empresa criou um sistema de publicidade para entregar a mensagem correta na melhor hora: como um anúncio de uma promoção de um restaurante japonês para um cliente que costuma frequentar restaurantes de culinária asiática, no momento em que ele está passando na frente de uma temakeria dentro de um shopping center.

Atualmente, a In Loco atende empresas como O Boticário, Coca-Cola e Pizza Hut.

Chatbots

De acordo com um estudo global da Gartner, em 2020, 25% das operações de atendimento ao consumidor serão feitas por chatbots. Eram apenas 2% em 2017.

A startup paulista Fred oferece um sistema digital para que o lojista crie de forma rápida e intuitiva um robô de atendimento. A ferramenta é pré-moldada, o que permite criar fluxos de conversa visualmente, sem a necessidade de programação.

O objetivo, por meio de integrações com os sistemas da loja, é automatizar interações da pré-venda ao pagamento. O chatbot pode ser integrado com as contas da loja no Facebook e WhatsApp.

 

Visual merchandising

A Eloopz é focada em digitalizar vitrines de lojas. Uma das soluções é um tabloide digital voltado para farmácias e supermercados. Por meio de telas touch screen de até 49 polegadas posicionadas na entrada da loja, é possível criar uma sequência de anúncios de produtos.

A solução pode ir além ao trabalhar junto com os sistemas de CRM da loja. Por meio do CPF do consumidor, é possível analisar seu perfil de transações e exibir na tela ofertas personalizadas.

A ideia é trazer a lista de produtos recomendados do e-commerce para o ponto de venda físico. A Eloopz tem entre os clientes a Raia Drogasil e The Beauty Box.

Ominichanel

De acordo com o uma pesquisa da IDC Retail Insigths, o consumidor omnichannel gasta até 40% a mais e é mais engajado com a marca comparado àqueles compram por apenas um canal.

A startup Neomode oferece um sistema para integrar as lojas virtuais e o estoque de lojas fpisicas, fazendo com que a rede de varejo atue como pequenos centros de distribuição. Isso permite, por exemplo, que a marca ofereça serviços como Compre no Site e Retire na Loja (Click&Collect). A tecnologia também evita erros de diferença de preços entre a loja virtual e física, o que não existe no varejo omnichannel.

A Neomode também oferece implementa outros canais de venda, como um aplicativo de e-commerce e shopbots – robôs de atendimento que fecham vendas. Fundada em 2016, em São Paulo, a startup possui clientes como Ri Happy, Onofre e O Boticário.

Logística

No mundo da logística, é chamado de last mile o percurso do centro de distribuição até o destino final. Esse trajeto possui um alto nível de complexidade e riscos de ineficiência na entrega. Segundo dados da empresa americana Honeywell, que desenvolve sistemas de engenharia, o last mile é responsável por 53% dos custos de entrega.

Melhorar a eficiência desse percurso é a missão da startup Uello, especializada em entregas urbanas com foco em pequenas e médias empresas. A empresa desenvolveu um sistema que utiliza espaços ociosos em armazéns de terceiros para preparar e distribuir produtos de outras empresas.

Além disso, a Uello conta com uma rede de entregadores autônomos, que são escolhidos previamente de acordo com a localização dos automóveis e a rota de retirada e entrega de produtos. Todo o percurso é monitorado em tempo real.

Fonte DCI
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