Coca, Pepsi e P&G elevam preços para compensar custos

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A Coca-Cola e a PepsiCo travam disputa acirrada nos corredores dos supermercados, mas ambas conseguiram aumentar os preços nos EUA. O mesmo vale para a Procter & Gamble, fornecedora da Pampers, e a Kimberly-Clark, fabricante da Huggies.

De detergente a lenço de papel, água engarrafada a ração para animais de estimação, os preços mais altos de produtos de consumo ajudaram gigantes globais a superar as estimativas de vendas dos analistas no último trimestre. É um sinal de que as altas do ano passado para compensar as oscilações cambiais e o aumento dos custos de matérias-primas como embalagens de plástico e papel estão começando a valer a pena.

Em alguns casos, as empresas aproveitaram as preferências dos consumidores, oferecendo marcas premium que custam mais. Os preços mais altos certamente chamarão a atenção do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e seus colegas, enquanto esperam por sinais de que a inflação está finalmente se recuperando. Autoridades do Fed colocaram as altas nas taxas de juros em espera em meio a aumentos de preços que ficaram abaixo de sua meta de 2% em grande parte dos últimos sete anos.

Por enquanto, é cedo demais para dizer até que ponto os aumentos de preços estão realmente atingindo os consumidores ou sendo parcialmente absorvidos pelos varejistas, que buscam atrair os consumidores com ofertas para disputar com a Amazon.

Todos os dez fabricantes de produtos básicos de consumo do índice S&P 500 que registraram ganhos nesta temporada superaram as projeções de lucro, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. No entanto, o Walgreens e a Costco apresentaram resultados mistos. O Walmart e a Target devem delinear melhor a situação do varejo quando apresentarem seus balanços daqui a algumas semanas.

Outra razão por trás dos aumentos de preços é que os caminhoneiros estão exigindo salários mais altos nos EUA, e as empresas estão repassando o custo para os clientes.

Em algumas áreas, os aumentos de preços não foram suficientes para compensar os custos mais elevados com os quais estão lidando. O negócio de cuidados infantis, femininos e para a família da P&G aumentou os preços em 3% no último trimestre e os volumes tiveram pouca alteração. Mas o impacto do câmbio, com um dólar forte prejudicando as vendas no exterior, foi suficiente para reduzir as vendas líquidas em 2% na unidade.

Fonte InfoMoney
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