Amazon pode ter só mais 5 anos de vida; veja as 4 estratégias de Bezos para evitar sua falência

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“A Amazon não é grande demais para quebrar. Na verdade, eu prevejo que irá quebrar”. Foi o que Jeff Bezos, CEO e fundador da varejista, disse à sua equipe durante uma reunião em 2018.
“A Amazon vai à falência. Se você olhar para grandes empresas, sua expectativa de vida tende a ser de cerca de 30 anos”, segundo informações do Business Insider. Como foi criada em 1994, a Amazon, aos 25 anos, estaria em seus últimos respiros, estatisticamente.

Bezos está certo. A expectativa de vida média de uma empresa nos Estados Unidos é de cerca de 30 anos, segundo Martin Reeves, estrategista e autor de uma palestra do TED Talks sobre como construir uma empresa que dura 100 anos. Na época da palestra, em 2016, Reeves chegou a dizer que 32% das empresas dos EUA não existiriam até 2021.

Como evitar que uma empresa quebre?

Bezos diz que seu objetivo não é impedir que a Amazon quebre, é evitar que ela quebre enquanto ele estiver vivo. Para fazer isso, ele adotou uma filosofia de inovação chamada de “Dia 1” – que representa a fase de crescimento de uma empresa.

Atualmente, ele assina suas cartas aos acionistas com: “Dia 1 permanece”. O site reuniu as 4 estratégias que Bezo usa para manter o “Dia 1”. Confira:

1. Encantar os clientes

Para Bezos, se a empresa realmente acreditar que seu maior objetivo é agradar os clientes, vai criar inovações e produtos que darão certo, que nunca teria pensado se o foco fosse outro.

Essa crença é popular entre os inovadores. O cofundador da Apple, Steve Jobs, não era a favor de grupos focais (que chamam clientes para dar ideias). Ele achava que as pessoas muitas vezes não sabiam o que queriam até que a empresa desse a ideia.

2. Não deixe os processos definirem sua empresa

Bezos segue uma lógica de ‘nunca parar de pensar’. Mesmo quando uma empresa faz algo sempre da mesma maneira e dá certo, não pode parar de refletir sobre formas de melhorá-lo. Em time que está ganhando, se mexe.

“Somos constantemente questionados sobre se há ou não uma maneira melhor de executar algo. Um processo bom serve para atender os clientes. Mas, se não estivermos atentos, o processo pode se tornar a coisa e se tornar mais importante do que o produto. Isso pode acontecer com muita facilidade em grandes organizações”, afirmou Bezos.

Segundo ele, é errado parar de olhar para os resultados e apenas se certificar de que os processos estão corretos. “O processo não é a coisa. Sempre vale a pena perguntar: ‘somos os donos do processo ou o processo nos possui?'”, diz.

3. Nunca resistir às mudanças

O CEO da Amazon acredita que manter a empresa funcionando como antigamente é uma estratégia ruim. Em vez disso, o ideal é perceber o que está acontecendo na indústria e embarcar na inovação.

Com a tecnologia, o ritmo das mudanças acelerou e nenhuma empresa pode se dar ao luxo de manter os bons velhos hábitos – se não pode quebrar.

“É melhor sair da zona de conforto antes de ser incomodado pelos concorrentes. Então, se perceber que as coisas estão mudando, mude – ao invés de resistir”, disse.

4. Tomar decisões rapidamente

Bezos usa uma frase com sua equipe para se alinharem e tomarem decisões difíceis: “discorde e se comprometa”. A ideia é economizar tempo quando não consegue chegar a um consenso com sua equipe e uma decisão precisa ser tomada.

Segundo ele, é uma promessa de se alinhar a algo que não concorda, para que toda a empresa possa avançar de forma produtiva.

“É um desacordo genuíno de opinião. Quando digo a frase, representa uma expressão sincera do meu ponto de vista, uma chance para a equipe pesar a minha opinião, e um compromisso rápido e sincero de que estou alinhado com eles”, diz Bezos.

Idealmente, um líder deve se sentir 100% confiante ao tomar uma decisão. Mas na prática não funciona assim. Se um CEO esperar até se sentir totalmente seguro, a oportunidade provavelmente terá passado.

Bezos ressalta que muitas vezes não é tão prejudicial estar errado. As falhas podem ser reduzidas se você perceber o erro e se mover rapidamente.

Fonte InfoMoney
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