Cesta básica fica mais cara em março nas 18 capitais pesquisadas pelo Dieese

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O preço da cesta básica subiu em março nas 18 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). De acordo com o levantamento mensal divulgado nesta quinta-feira (4), as maiores altas foram verificadas em Brasília (11,09%), Florianópolis (7,28%), São Luís (7,26%) e Curitiba (7,20%).

Em 12 meses, todas as cidades acumularam alta, as mais expressivas em Goiânia (20,25%), Salvador (18,42%) e Brasília (17,39%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a variação em 12 meses é de 16,28% e 12,5%, respectivamente.

Nos primeiros três meses de 2019, todas as cidades mostraram alta acumulada bem acima da inflação oficial do país, com destaque para Recife (17,85%), Vitória (17,84%) e Natal (16,87%).

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São Paulo é a cidade com a cesta mais cara (R$ 509,11), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 496,33) e Porto Alegre (R$ 479,53). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 382,35) e Aracaju (R$ 385,62).

Entre os preços que mais subiram em março, destaque para produtos como tomate, batata, feijão e banana.

Cesta básica x salário mínimo

Em março, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 96 horas e 42 minutos. Em fevereiro, a jornada necessária foi calculada em 91 horas e 16 minutos. Em março de 2018, quando o salário mínimo era de R$ 954,00, o tempo médio foi de 88 horas e 07 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto da Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em janeiro, 47,78% da renda para adquirir os produtos da cesta. Em março de 2018, quando o salário mínimo valia R$ 954,00, a compra demandava 43,54% do montante líquido recebido.

Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que em março o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.277,04, ou 4,29 vezes o mínimo de R$ 998,00. Em fevereiro, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 4.052,65, ou 4,06 vezes o mínimo vigente. Já em março de 2018, o valor necessário foi de R$ 3.706,44, ou 3,89 vezes o salário mínimo, que era de R$ 954,00.

Fonte g1
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