NRF deste ano destacou a importância das pessoas e da inovação

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A NRF 2019 abordou os mais diversos temas e inovações, mas, sem dúvida, um dos principais temas foi a importância das experiências. Uma das palestras do evento a levantar a questão foi a da Macy’s, que tocou no ponto do quão relevante é oferecer experiências imersivas, se ela irá agregar à experiência do consumidor e quais ferramentas podem ser utilizadas para oferecê-la.

A loja de departamentos compartilhou um pouco de sua história. De acordo com a empresa, o primeiro passo é criar o conteúdo da experiência, o tema, a mensagem que os colaboradores da empresa devem passar aos clientes e qual será o envolvimento de cada equipe da companhia na iniciativa. Nesse ponto se desenvolve o storytelling.

A fim de trazer mais experiências para os seus clientes, a Macy’s utiliza a cultura de startup “Test and Learn”, que parte do principio de “testar e aprender” para inovar.

Outro destaque desta edição da NRF é o tema das pessoas, tanto consumidores quanto colaboradores. Uma das conversas sobre o assunto foi o painel “As pessoas fazem o lugar: insights dos melhores locais de trabalho do varejo”, que contou com a participação de Carmen Bryant, diretora de marketing da Indeed; Rosalind Chevreuil, SVP de Recursos Humanos da Best Buy; Geoff Green, vice-presidente de aquisição de talentos da Foot Locker e Mayerland Harris, vice-presidente de Recursos Humanos da H-E-B. Eles destacaram a importância de funcionários satisfeitos para que a experiência de compra seja positiva para o cliente.

Para os executivos, algumas atitudes que devem ser desenvolvidas em todos os colaboradores, como o desejo de fazer o melhor pela empresa, gostar e entender aquilo que comercializa, acreditar na cultura corporativa para compartilhar das mesmas ideias, oferecer possibilidades de ascensão e deixá-las claras para todos os funcionários, oferecer capacitação, entre outras.

Outro ponto levantado foi a importância do espaço físico. É importante que o local de trabalho não fique distante do lugar onde o funcionário mora. Colaboradores que trabalham perto de casa são mais dispostos a se dedicar à companhia.

Mais um ponto ligado ao fator humano foi destacado: a diversidade. Os quatro painelistas são negros e três são mulheres. Elas, aliás, ganharam um ponto de destaque com o Girl’s Lounge, onde diversas mulheres fizeram palestras para falar sobre empoderamento feminino e o espaço delas no varejo.

Em relação à tecnologia, um dos destaques do NRF Retail’s Big Show foi o blockchain. Ele oferece um certo desafio para o varejo, porque o setor é extremamente centralizador e o blockchain parte do principio de descentralizar informações para protegê-las.

Várias empresas do setor de tecnologia apresentaram o blockchain como um auxiliador na gestão de dados do consumidor cross-channel e multiplataforma do varejo. Entre as vantagens estão a possibilidade de obter dados de diferentes fontes, com diferentes checagens, aprendizado constante, melhor organização e uso das informações, envio de relatórios e fornecimento de respostas de forma mais rápida.

Outra tecnologia ressaltada foi o RFID, que possibilita que os processos de produção, embalagem, logística, estoque e venda sejam captados e avaliados a cada nova ação, interligando todos os processos. Com ele é possível saber na loja quando um produto é movimentado e se ele é ou não vendido.

O sistema funciona por meio de tags que são implantadas nos produtos e sensores que controlam a movimentação. Esses dados podem ser unidos à inteligência artificial, com uso de softwares de machine learning, que podem ajudar a melhorar processos e serviços.

Na expo, muitas empresas levaram inovações ligadas a isso, como carrinhos com self-checkouts integrados, leitores verticais, aplicativos de self-checkout, etiquetas e sensores para controlar o produto desde a fabricação até a venda, entre muitas outras.

Fonte Mercado & Consumo
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