O que podemos esperar sobre tecnologias na NRF?

0 385

Por Caio Camargo, sócio-diretor da GS&UP, potencializadora de Negócios do Grupo GS& Gouvêa de Souza

Nesse próximo final de semana, boa parte do varejo brasileiro estará de olho nas novidades e tendências da 108ª NRF’s Big Show, o maior e mais tradicional evento de varejo do mundo, que acontece tradicionalmente todo ano em Nova Iorque.

Além das palestras, um dos grandes destaques está na área da Expo que conta com mais de 700 fornecedores e áreas destinadas à inovação e startups, apresentando conceitos, soluções e tecnologias que podem se tornar padrões do mercado, buscando otimizar operações e criar melhores experiências.

A tônica nos últimos anos estava no uso cada vez maior de dados, com foco na inteligência artificial e sua aplicação em relação a big data, ou em como transformar os dados hoje disponíveis, como métricas de gestão ou desempenho, em insights e ações. Na ultima edição, se as tecnologias mostraram maturidade e inovação em relação à compilação e complexidade dos dados gerados, se mostraram próximas, mas ainda não ideais, na questão dos insights.

É inegável o impacto que as transformações do mercado chinês e o conceito de “new retail” (e que será tema de algumas disputadas palestras no evento) irão causar na questão de soluções e tecnologias.

Pessoalmente, imagino que as soluções de meios de pagamentos serão de grande interesse do público nessa edição. Diversos mercados, inclusive o brasileiro, já começam a estudar o impacto de como soluções iguais ou similares ao WeChat e o AliPay irão moldar o relacionamento entre empresas e consumidores no futuro de seus mercados. Algumas empresas brasileiras, como Magazine Luiza e Mercado Livre (Mercado Pago), entre outras, vêm anunciando iniciativas de desenvolvimento de aplicativos alinhados a essa nova realidade.

A maneira de se pagar poderá mudar também. Sistemas que possibilitem o pagamento através de maneiras inusitadas, que passam pelo reconhecimento facial, o reconhecimento de digitais até palma da mão, são esperados, imaginando um futuro com menor necessidade de se utilizar dinheiro ou cartões para o processo de pagamento.

Na mesma linha, o foco em autosserviço será ainda mais intensificado, pensando em lojas autônomas, na esteira de exemplos não somente vindos da China, como a rede de supermercados Hema, mas até mesmo modelos já em processo de rollout nos Estados Unidos. É o caso da Amazon Go, a loja de conveniência autônoma da Amazon, que funciona sem a necessidade de caixas ou funcionários e já conta com cerca de 10 unidades. Dessa forma, acredito que boa parte dos conceitos de “Loja do Futuro”, que sempre são alardeados por diversos expositores, principalmente players como Intel, Microsoft e IBM, irão flertar cada vez mais com esse novo modelo de compra.

Há grandes expectativas sobre as soluções do Startup Zone, que, no ano passado, apresentou novidades, porém ainda pouco maduras em seus modelos de negócio ou para serem implantadas. Como o mercado de startups, globalmente falando, vem se tornando cada vez mais maduro, com crescimento dinâmico, são esperadas tecnologias mais “prontas” e factíveis à realidade do varejo, talvez também para a realidade brasileira.

Fonte Mercado & Consumo
Notícias Relacionadas
Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado.